quarta-feira, 17 de junho de 2009

CAPÍTULO 1 - III


Casanova, Morada Nova - CE
Entardecer, 6 de janeiro de 2002

Desvendar-me esta noite, mostrar-te-á quem realmente sou: fogo e paixão, água e amor.
Aquecerei teu corpo e tua alma, banirei o teu medo e o teu pudor, saciarei a tua sede e o teu desejo, serei quem sou: fogo e paixão, água e amor.
Saber-me em teus braços e em teus beijos, em teu hálito e em teu deleite, torna-me o maior dos vencedores por saborear o mistério do viver.
Tocar tua pele, sentir teu calor, provocar tua excitação, Sylvia, vai me atiçar o apetite e a insanidade, corromperá os preceitos morais da hipocrisia religiosa e a lábia dos falsos pregadores... Não! Não me controlarei, não tenho amarras nas mãos nem correntes nos pés, tãopouco na mente e no coração. Libertarei o que há de belo e amoroso em mim, os instintos mais sagrados e puros, o melhor em mim oferecerei; farei assim o que puder, Sylvia, para teu delírio e gozo plenos.
Agora está claro. Dize apenas sim, de corpo e alma, e te farei felicidade, Sylvia. Será tudo como sempre quis.
Aceita-me, estrela minha, aceita-me em teus braços! Mergulha comigo no mar das delícias: prazer, amor, paixão, glória, júbilo!
Aceita-me, estrela minha, aceita-me nesta cama sem receios e sem vergonha... Cavalga em mim, linda amazona e encantadora mulher, vem e vai, vai e vem até... a felicidade!
* * *
A fogueira acesa, não tema porém as labaredas; deixa a pele crestar ao sabor das chamas da volúpia e concede que elas atinjam o teu ser, queimando o passageiro e o ilusório, e te revelando o que és, descortinando a eternidade que habita em ti.
Existe uma esperada resposta nesses teus lábios rubros e carnudos... Há uma revelação no despir desse teu abençoado corpo... O caminho apresenta-se a mim, ele é real e deslumbrante, mesmo sendo invisível: quero a ti, Sylvia!
Aceita-me e vive esta virtuosa aventura comigo.
* * *
Se pudesse descrever com fidelidade, primazia e sinceridade a mulher que és, Sylvia, os homens te roubariam de mim. O encanto e a delícia do teu ser mulher te faz senhora e rainha, princesa e ninfa, a mais sagrada canção tangida pelos anjos.
Pois avaliem todos que, a simples retomada das cenas e dos toques, dos gostos e dos movimentos, do garbo e da dignidade, enfim, de todas as sensações vividas e de todos os atributos que possui esta mulher, causa-me irresistíveis flamas de fervor, benção e êxtase.
Sylvia conhece enigmas, mistérios e leis que outras mulheres sequer suspeitam. Ela aprofunda-se cada dia mais em suas leituras e experiências, aventuras e desafios. Quem deixaria de se apaixonar por uma mulher assim?
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Do totemismo ao hinduísmo, da escola de Pitágoras aos alquimistas, da Gnose ao Espiritismo, nada escapa aos olhos investigativos de Sylvia. Tantra, Yoga, magia, radiestesia, projeção astral, retorno à vidas passadas... Tudo analisa, experimenta, prova e vive esta mulher, a companheira ideal e perfeita para a vida de um homem. Ela é realmente fascinante, pois não é a simples curiosidade que a move, mas o amor pelo Divino.
É certo que Sylvia iniciou esses estudos e essas experiências recentemente. Entretanto, como todos os seres humanos, traz em si a substância divina, a marca registrada do princípio de tudo e, desde criança, manifesta essa substância. E não é qualquer um que pode sentir o Divino, apenas aquele que supera a si mesmo e as ilusões da mente racional. O imortal está para além da razão e da lógica. Sylvia e eu sabemos disso.

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A PRINCESA DE VÊNUS, Marcos Kalzone.
Campus Celestium Edições, 2008.
Obra registrada e protegida.
© Marcos Kalzone 2008
Todos os direitos reservados.

CAPÍTULO 1 - II

Montese, Fortaleza - CE.
Amanhecer, 20 de setembro de 2007.

Vejo o prazer iluminando teu rosto, estendido em teu corpo, iluminando tua alma. É uma sensação deliciosa que mexe também com o meu prazer.
Excitante e febril é sentir a tua reação quando toco, acaricio e afago o teu corpo. Ele pulsa, geme, vibra, canta e estremece em meus braços, falando coisas que apenas um homem como eu pode compreender e decifrar na leitura dessa sinfonia de amor. Se queres mais, eu te dou; se desejas partir para outra posição ou capricho, faço-me teu fiel serviçal; se procuras o silêncio, calo tudo. Nunca homem algum amou como eu amei, Sylvia, e esta história permanecerá eterna porque foi escrita em papéis, mas foi vivida nos ceús.
Não há segredos entre nós... Somos bastante maduros, somos nossos, inteiramente unos, inseparáveis e fogosos amantes. E isso nos faz únicos.
Não há segredos entre nós, mesmo assim cada novo diálogo, novo beijo, novo abraço, nova aventura entre lençóis nos revelam novas sensações de gozo e alegria nos quais nos realizamos, nos satisfazemos e nos completamos. Nossos corpos, nossas almas, batizadas no sal deste mar de luz e paz, voam em dimensões e planos etéreos que poucos visitam, renovando o cálice do nosso viver. Como quem caminha pela mesma estrada colorida, mas intensifica sua luminosidade e seu encanto em toda nova caminhada.

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A PRINCESA DE VÊNUS, Marcos Kalzone.
Campus Celestium Edições, 2008.
Obra registrada e protegida.
© Marcos Kalzone 2008
Todos os direitos reservados.

TANTRA, O CAMINHO DO AMOR, A SUPREMA COMPRENSÃO, SIM À VIDA E A TUDO.
DESCUBRE O TANTRA E LIBERTA-TE!

quinta-feira, 11 de junho de 2009